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NOTAS...

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Notas... (...) Talvez hoje eu tenha muito que falar, se eu resolvesse contar um pouco do turbilhão de sensações que sinto.  Tem dias que somos cortados por dentro, são dias de saudades,  de lembranças de dias que foram nossos, apenas nossos. Dias que contamos nossas culpas ao travesseiro,  que reavaliamos um pouco do que poderia ter sido feito e do que não se pôde fazer.  Dias que apenas o silêncio da noite entende, dias que a noite  está calma e nos escuta paciente. Hoje eu gostaria de resgatar um pouco de mim e do que eu fui. Gostaria de abraçar com carinho cada pessoa especial que  passou na minha vida. Isso não é possível, eu sei. Então decidi fazer o que posso;  Perdoar a mim mesma pelo o que não fiz por mim, perdoar algumas marcas.  Pretendo melhorar como pessoa, prestar mais atenção aos que me cercam.  Procurar amigos, meus velhos amigos, não deixá-los apenas na agenda telefônica.  Enfim, lutar pela minha felicidade. Sei que os dias não são fáceis e que ainda travarei alguma

CARTA

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Não se sabe quanto tempo esperaria por si, pois ultimamente perseguia desesperadamente o medo de aceitar o que precisa entender.  A vida agitada lhe toma o tempo necessário para não pensar. E precisa disso. Mas às vezes não é suficientemente rápida para impedir suas especulações. E no final da tarde, ela escreveu. Escreveu uma carta que não foi terminada. Uma carta que ainda está em sua mão e que ainda toca nas notas que seu coração canta em noites amarguradas. Sim. Ainda existem notas que ela gostaria de extinguir. De um sonho forte. Forte como uma realidade, gravada em lugares que embora estivessem nela, ela ainda não os conhecia ou não os compreendia e isso fazia sua alma sangrar de cansaço, cansaço de às vezes sorrir e às vezes chorar e ainda assim não alcançar suas verdadeiras respostas. Respostas pesadas demais pra aceitar. Respostas dela. Só dela, e de mais ninguém. E hoje mais uma vez releu a carta. Releu e continuou sem entender: “As pessoas são difíceis, o que parece é q

Doce Manhã

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Hoje atropela sua alma em dúvidas, por não saber se suas verdades mudaram. Talvez ,quando olhar pra trás, ela ainda enxergue as mesmas verdades. Ontem a tarde caia silenciosa e tudo parecia calmo. Tudo era calmo como a chuva que caia devagar. “... sempre tudo muda... nem sempre o que ansiamos é o que nos fará feliz.” Repetia a si mesma o que lhe acalmava, esperava dias melhores. Quando decidiu ser o que é, pensou esquecer-se de uma vez de tudo que tanto precisava esquecer. O caminho era longo e segui-lo não seria fácil. Até que parou, olhou ao redor e viu sua vida mudando todo o roteiro e seus passos a levava para onde o coração não desejava seguir. Precisava tentar e descobrir mais uma vez se essa verdade era a certa. No seu lamento lembrava os dias; Os dias dos sonhos que desejava. Mas a vida mostrava, que tudo eram sonhos. Sonhos que pertenciam à vontade de um amor pleno. Ironia; Sorriu de si mesma. Aprendeu a encarar seus erros. Errou em acreditar. Mas espera, que rios a leve

Doce Lembrança

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Ora, tudo ainda estava ali. Mas só agora, é que tudo estava claro. Ainda apertava-se em alguns fragmentos de lembranças, mas essas eram recebidas com tranqüilidade. No labirinto que se perdeu começou a achar-se, tudo era mais suave, mais feliz. Hoje se lembrou de algo como planejar o desejado. Certa vez, leu que deixar de desejar é a melhor solução para sentir a paz que os que têm expectativas frustradas não têm. ”Sim; Não se deve planejar o desejado.” Não sabia se estava certa, mas decidiu seguir assim, embora á um tempo atrás não tivesse forças para desejar não desejar. Sorriu! Sorriu, pois se lembrou. E começou a contorcer-se em saber se fez bem em desejar ou não. Então, para não sofrer com a ansiedade do que já passou, apenas resolveu seguir cultivando, regando e quem sabe colhendo. A vida agitava-se ultimamente deixando a inércia de dias. O que era bom, pois facilitava a escolha das portas. A saída de suas prisões. Essa poderia ser sua chance de descobrir-se; No entanto,

NOTAS

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Quando caminhava tentava ouvir seus passos. Inútil, inútil... Nada ouvia e nem sabia ao certo para onde devera ir. E sem ao menos perceber o dia criara forma e tinha passos que a levavam. Não podia conter a emoção de reparar-se, sim ela reparava-se cada dia e isso a deixava cheia de dúvidas. Quando partia ainda olhou para trás, mas lembrou-se que os rastros deveriam ser apagados e seguiu numa estrada inteiramente oposta a que havia projetado. E assim viu que a saudade toca o coração de uma forma impressionante, e não importa onde se esteja, ou num parque ou num quarto escuro o nosso mundo está conosco. E como um eco, a saudade soa como um vento que se perde.   Sendo assim achou melhor encarar tudo, cada passo, cada dia como o inicio. A renovação. E ao olhar as estrelas, como quando era criança, tentou contá-las até não saber mais o que contava, foi assim que resolveu escrever e falar de tudo o que vinha sentindo. E notas foram surgindo, notas de tudo o que se passava em seu c

A BOLSA

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E tudo é sensação de um tempo em que ela ainda sorria à toa, quando as palavras que mais lhe deixavam alertas eram as estranhas.   Carregava na bolsa um bloco de papel, uma caneta bic azul, um espelho quadrado com bordas alaranjadas e um batom sabor de morango com um tom escarlate, daqueles que parecem fazer sangue na boca. Mas a boca, já tinha sangue por si, pois as palavras que engoliu a vida toda a deixaram com a boca ao relento, recebendo a brisa que às vezes vinha quente e às vezes vinha fria. E nunca falava, nunca falava o que queria falar na hora certa. Sempre ficou o depois na sua garganta, sentia-se cansada de engolir interrupções abruptas. Mas ainda vivia seu presente anonimato, engolindo o fel e sua boca seca a cada dia vai fechando sem mesmo ela perceber. Agora se perdeu os risos, perdeu-se o caminho, perdeu-se nela. Quando se viu era partida ao chão em partes. Partes que parecia não juntar. A mente tinha cantos escuros que rapidamente multiplicavam-se e havia muros alt

UM ADEUS A LUA

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“O mar sempre encontra o rio. Sim. O mar sempre encontra o rio. Então, se minha vida é um mar, também encontrarei um rio.” Traduzo minha vida assim, desde muito tempo. Talvez por isso que teimo em certas situações, querendo fazê-las certas ou boas para mim. Hoje caminhei lentamente na praia, olhei as ondas e o mar estava agitado. É interessante ver o movimento das ondas, como mudam, no entanto não deixam de ser belas. Queria está tranqüila e aproveitar melhor esse final de tarde, mas hoje tudo está fatigante, tudo está sem ritmo. Sendo assim, sei que preciso colocar música na minha vida. É estranho quando olhamos pra dentro de nós, e mais estranho quando sabemos onde estão todos os erros. È estranho querer libertar-se e ao mesmo tempo prender-se. Assim como é estranho, idealizar um amor. Certa vez, alguém me disse que escolhia quando amava e quando deixava de amar. Não sei se isso é mesmo possível, mas comigo, até hoje não funcionou. Minhas emoções são intensas e sei que corro risc

Jura de Amor

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                                      Depois que tudo se aquietou, ela saiu e sentou-se em frente a casa, aos poucos foi juntando o silêncio do espaço e o silêncio dos seus passos. Quando conseguiu ordenar seus pensamentos embaraçados, ouviu barulhos e alvoroços, alvoroço e barulho. Não sabia ainda se preferia o silêncio, ou se preferia o alvoroço de suas idéias que gritavam interrompendo sua paz. Então resolveu fechar os olhos, ali sobre a grama verde, que começava a crescer no seu jardim, deitou-se, pensou em relaxar, pensou em encontrar saídas, pensou em se encontrar. Sabia o que queria, mas não sabia como realizar o que queria. Sabia que tudo o que era esperado, era também incerto, sabia que a felicidade ainda há pouco estava perto e que a borboleta até encostou-se em seus cabelos e afagou sua alma, sabia que precisava tranqüilizar-se e cuidar para que a grama continuasse limpa e verde e que o jardim florisse. Não queria dormir, mas não encontrava solução, enquanto acordada, entã

HOJE

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E quando tudo pareceu distante ela buscou respostas no coração. Talvez hoje ele estivesse bem e pudesse ajudá-la a resolver as questões que tanto a inquietava. Quando acordou e olhou-se no espelho, descobriu que ainda podia lutar por si, descobriu que á vida podia ser mais do que o que ela ultimamente vinha fazendo. Às vezes achamos ser auto-suficientes e achamos que podemos manobrar nossas vidas como caixinha de música, que você gira e quando acha que não pode mais, você decide parar, mas á vida nem sempre é assim, nem sempre podemos manobrar e escolher a hora de parar certos acontecimentos, a vida tem giros sim, que são dados por nós, mas também por aqueles que nos rodeiam e ai é que descobrimos que a vida é uma caixinha de surpresa, ora agradáveis, ora não. Então, certo dia você se atrasa, perde a condução, se obriga a pegar um taxi e dentro do taxi encontra um pacote, um pacote fechado que te chama atenção, mas você não pode pegá-lo, não pode porque o motorista do taxi deve sab

Borboletas e Jardins

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Talvez,algumas situações difíceis estejam me deixando amedrontada. Imagino, às vezes, se seria bom poder apagar da cabeça tudo de ruim que passamos. Mas, estes são necessários para podermos crescer e vencer. Sei que, se existem barreiras, é justamente para mostrarmos que temos forças para enfrentá-las. Pretendo desprender-me, e deixar a vida trazer o melhor, não ficando imóvel, recebendo o reflexo das atitudes dos outros, mas tomando a frente, decidindo o caminho. Às vezes, umas doses de coragem, de loucura, nos fazem tomar decisões certas. O roteiro da vida vai sendo traçado todos os dias, não podemos parar o tempo e, se deixamos a vida acontecer por si só, acabamos sendo sombras da vida dos outros. Eu não quero ser sombra da vida de ninguém. Quero ter meus ideais e lutar por eles. É a dívida que tenho com a vida, de fazer algo por ela. Por mim. Ver dias, meses, anos passar e não descobrir o que queremos é passar a vida sem superar o principal, o nosso Eu que tem fome de viver. A i

ROSA

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Pergunto o que acontece comigo, resposta: Não sei. Não sei por que meus passos estão pesados demais, não sei por que a canção não toca. Não sei onde está tudo o que sempre esperei, mas afinal o que esperei, esperei um abraço, um beijo, um amor, uma rosa. Rosas?  É que mulheres gostam de rosas. Isso sempre escutei. Mas daí me pergunto: Até onde gosto de rosas? Será que a repetição me fez repetir que gosto? Ou é porque rosas se parecem com as mulheres? Quando eu era criança, roubava rosas dos jardins. Roubava porque queria levá-las a professora e sabia que ela mostraria um largo sorriso quando recebesse. Também usava em meus cabelos e me sentia linda. É como se ela me desse brilho, como se ela me desse vida. Uma rosa é como um presente a muito desejado, só que com um encanto a mais, pois ela fala. Quando recebemos uma rosa temos a sensação que junto vem à frase EU TE AMO! Mesmo que não se escute nada, mas a rosa por si só diz isso. Ela diz também que somos belas e perfumadas e que como

Nos Olhar Continuamente

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Sei que me olho, me olho sempre. Sou a espectadora mais fiel de minhas atitudes e a cada dia construo sonhos e percorro novos horizontes. Tenho uma guerra pessoal de ser o que quero ver. Porque não adianta olhar ao redor e observar os outros ou buscar felicidade no imaginário. Temos que olhar o nosso reflexo o que somos e vivermos felizes pelo que temos e nos esforçarmos para ter o que desejamos, pois fantasiar não é bem a melhor saída, ficar sentada esperando, não vai nos trazer nada. Olhar o dia passar da janela também não. O nosso dever é seguir o labirinto que ganhamos quando nascemos e acharmos a saída. E para isso temos que andar e decifrar enigmas e termos coragem de entrarmos em ruas que às vezes parecem desertas, reconhecendo quando pegamos o caminho errado e voltar e recomeçar. E para recomeçar, muitas vezes é preciso nos virar do avesso, dançar o som de músicas que apenas nós escutamos,  sem se importar se o vizinho vai te tachar de maluco. Fazer o que gostamos sem se

EU NÃO IMAGINAVA

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Eu não imaginava que seria assim. E quem imagina? Como algo que chega de uma hora para outra e cerca seus caminhos com flores, de repente vira seu maior tormento? “Penso sempre em você.” Você escuta esta frase e    vai as nuvens. Passam dias, meses e você acha que é para sempre. Mas você esquece que essas palavras te levaram as nuvens e nuvens realmente passam. E nessa hora é que você diz: “Eu não imaginava que seria assim”. Mas é. E agora? Agora é encarar, lutar contra si e seu ego entristecido. É hora de se erguer. Não adianta lamentações, chorar noites e noites, não comer, não beber, não conversar. Não adianta viver a vida de quem quis sair da sua vida. Imaginar se ele ou ela pensa em você. Se é jogo que está fazendo. Não adianta nada disso. Agora é hora de dizer “Eu não imaginava, mas é assim. Essa é a realidade”. E a melhor forma de lutar contra o labirinto escuro e solitário que você se encontra é ascendendo à luz que você tem em você. É hora da virada. Hora de se amar, de sair