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Mostrando postagens de agosto, 2013

CIRANDA

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Na ciranda, escapulia suas mãos das mãos. Escapulia quando mais desejava, quando mais precisava. E tudo o que queria... E tudo o que quer é: Alguém que segure sua mão. Alguém que a ache alguém.                                                   Nem o tempo resolveu suas questões. Tinha desejos alheios a ela própria o tempo todo falava de si pra si, como se o mundo não fosse além dali, não fosse além do seu quintal com todas aquelas roupas mal penduradas, levadas de um lado para o outro com o vento. Ontem foi ao centro e sentiu-se apaixonada pela fivela da sandália que virou sua gula, por um instante sentiu-se escrava como se a sandália a comprasse, como se mais tarde a sandália que fosse calça-la, como se ela pudesse entre outras coisas ter o brilho daquela pequena fivela prateada que destacava mais ainda a beleza da sandália. “De repente meu pé podia caber ali, mas ali não cabe meu próprio mundo”.  Ali não cabem suas crises, nem seu amor que partiu e a partiu ao meio,
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Que areia escorra das mãos e misture-se as águas. Que o coração seja ferido , mas não morto. Que meu amor seja seu, não por um momento, Mas por todo o tempo em que minha alma puder amar. ___ Lene Dantas