Postagens

Mostrando postagens de 2013

MEU QUERIDO

Imagem
Meu Querido Meu coração palpita Diante dos teus encantos Tu és o meu querido E por ti desfaleço de amor Seus braços como rochas Abrigam-me num abraço Adormeço ternamente Mas meu coração é desperto. Em sonhos escuto tua voz Que alimentam meus ouvidos com favo de mel E me faz entontecer entre astros. Desejo apaixonadamente sua sombra Não morrerei – Continuarei vivendo. Para por em seu coração um selo com o meu nome. ___ Lene Dantas.

CIRANDA

Imagem
Na ciranda, escapulia suas mãos das mãos. Escapulia quando mais desejava, quando mais precisava. E tudo o que queria... E tudo o que quer é: Alguém que segure sua mão. Alguém que a ache alguém.                                                   Nem o tempo resolveu suas questões. Tinha desejos alheios a ela própria o tempo todo falava de si pra si, como se o mundo não fosse além dali, não fosse além do seu quintal com todas aquelas roupas mal penduradas, levadas de um lado para o outro com o vento. Ontem foi ao centro e sentiu-se apaixonada pela fivela da sandália que virou sua gula, por um instante sentiu-se escrava como se a sandália a comprasse, como se mais tarde a sandália que fosse calça-la, como se ela pudesse entre outras coisas ter o brilho daquela pequena fivela prateada que destacava mais ainda a beleza da sandália. “De repente meu pé podia caber ali, mas ali não cabe meu próprio mundo”.  Ali não cabem suas crises, nem seu amor que partiu e a partiu ao meio,
Imagem
Que areia escorra das mãos e misture-se as águas. Que o coração seja ferido , mas não morto. Que meu amor seja seu, não por um momento, Mas por todo o tempo em que minha alma puder amar. ___ Lene Dantas

PASSOS

Imagem
PASSOS Assim delicado tão delicado como uma bolha, como a estrutura da bolha de sabão. E num piscar de olhos. Pluft! Tudo poderia acabar.  E assim as pontas trocavam-se, uma ponta na outra, a outra na ponta e ninguém mais poderia dizer, como começou e qual o fim. E o fim? Será que houve o fim? Mas, o que seria o fim além do recomeço? Era coragem. Coragem que faltava. Tinha mesmo que seguir a rua sem medo de dobrar na esquina e também não mais poderia ficar presa em círculos. Encontrar-se. Sim encontrada. Encontrando a vida, a vida que deveria ter encontrado á muito, muito tempo. Parou um pouco e soltou um suspiro. Um suspiro cansado de muitos dias. A febre voltara. Foi ao quarto e na terceira gaveta da cômoda pegou o antitérmico. Olhava seus guardados, tudo estava em plena ordem. A cabeça estava oca e não sabia o porquê de não pensar em nada lógico. Sentou-se na cama nostálgica e lembrou-se de quando sorria, sorria várias vezes, sorria um riso farto e bom. Como aqueles