A ROSA
Um pouco ali, adiante, caminha uma mulher. Ela vem devagar, seu vestido é branco, longo, está descalça. Tem ingenuidade e pureza, seu sorriso é terno e o brilho do seu olhar encanta. Ela para, olha o jardim ao redor, pega uma rosa, uma rosa branca, cheira, suspira e segue seu caminho, com aquela rosa na mão. O jardim ao seu redor tem muitas rosas, tem borboletas, tem vida. Está ao seu alcance escolher a estrada que quiser andar, naquele jardim que mais parece um labirinto. Mas ela nem pensa nisso, continua caminhando. Agora, duas crianças brincam ao seu redor, isso a faz sorrir. Elas cantam o canto da felicidade, ela abaixa e as abraça. Levanta, olha para a rosa em sua mão e coloca a mão no seu coração, o suspiro é demorado, aguarda ansiosa a chegada de alguém que preencha esse espaço guardado dentro dela. Ainda longe, se aproxima um homem. Ele a olha e sorri, a roupa dele é azul, e na blusa alguns bordados; no bolso, o desenho de algumas estrelas. Ele aproxima-se, vem com passo