MASSACRE DO REALENGO


Na Escola municipal Tasso da Silveira, no bairro do Realengo, na cidade do Rio de Janeiro. Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, invadiu a escola, armado com dois revólveres, pelo menos 13 crianças morreram e cerca de 15 pessoas ficaram feridas .

Lavinia, de 6 anos, morta pela amante de seu pai foi encontrada  no quarto de um hotel,  em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

A menina Isabella Oliveira Nardoni, foi encontrada caída no jardim do prédio, na zona norte de São Paulo. Sofreu tentativa de asfixia e foi jogada do sexto andar.

Essas atrocidades não são cenas de um filme de terror, são casos reais que vem virando rotina nas manchetes. Parece que a vida do próximo não importa mais, os valores acabaram e muitos admitem sentirem-se bem em serem cruéis. Hoje, mais uma vez, uma cena bárbara em nossa frente, do nosso lado, tão próximo que chega a não parecer real. Quantas vidas foram destruídas, não só das crianças que se foram?! Mas e quem ficou? E a dor que será carregada a vida inteira pela perda de sonhos que não poderão ser realizados, de momentos que não poderão ser repetidos?!

E a culpa, de quem é? Será que é o egoísmo? Que cada dia mais produz uma sociedade em que a maioria das pessoas só se preocupa com elas mesmas, onde muitos recorrem a qualquer meio para satisfazer seus próprios desejos? Ou será da exposição da violência e brutalidade por meio do entretenimento? É comum músicas, filmes e jogos de vídeo- games, entrarem facilmente em nossas casas, roubando o espaço e ocupando a mente com brutalidades em forma de diversão.

Noemí Díaz Marroquín, que leciona na Universidade Nacional Autônoma do México, diz: “A violência se aprende, é cultural. Aprendemos a agir com violência quando o meio em que vivemos o permite e incentiva. Assim, as vítimas de abusos provavelmente praticarão abusos contra outros, talvez do mesmo tipo que sofreram.“

Ainda há aqueles dependentes químicos. Poderemos culpar as drogas? Ou a falta de segurança? Ou o governo? A verdade é que o desrespeito à vida resultou num derramamento de sangue e crueldade. O sofrimento está em toda parte e hoje mais uma vez estamos chocados com um crime horrendo. As medidas devem ser tomadas, cada um de nós deve se mobilizar e fazer o que puder. Já em casa, devemos procurar ser mais atentos aos nossos filhos, observar desde cedo como ajudá-los a terem dignidade e respeitarem o espaço de outros. E mostrarmos a cada dia o que sentimos, sermos mais unidos, mais família, mais amigos. Pois o tempo passa e do amanhã não sabemos. Hoje, aconteceu essa tragédia e, infelizmente, as vidas dessas crianças não voltarão.






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